Durante uma transição de carreira eu conheci o mundo do vinho e imediatamente me apaixonei. E como toda apaixonada, meu amor não via limites, só oportunidades. Eram feiras e congressos, vinhos nacionais ou importados, viagens, palestras, blogs, posts, lojas, restaurantes, importadoras, representações, países, castas e métodos de vinificação distintos, enfim, um mundo sem fronteiras a explorar.
Meu encanto com todas estas opções vagarosamente, foi sendo cerceado pela realidade de uma micro-empresária no Brasil. O dilema entre o que eu queria fazer e o que eu podia fazer. O processo foi vagaroso porque sempre fui persistente (ahan teimosa) e focada em resultados (ahan super teimosa). Eu me esticava daqui, puxava dali e achava que ía conseguir conciliar inúmeros projetos, afinal, gerenciamento de projetos também era algo que eu mandava bem.
Porém eu estava acostumada com o mundo corporativo. Foram quase duas décadas trabalhando em estruturas que acomodavam inúmeros projetos, equipes diretas, indiretas etc. Agora era só eu. E estava na cara que eu não estava dando conta. Não quis aceitar. Afinal, pequenos empreendedores que querem ser grandes falam sempre de como trabalhavam muito. Só que tem um momento de dizer chega.
É terrível este momento. Doído demais. Porém necessário, convida a reflexão, à auto-avaliação e finalmente àquele abismo assustador: a mudança necessária. Porque tem a mudança desejada: você pinta a casa, muda a decoração, de romântica para gótica, pinta o cabelo preto de ruivo, sei lá, mas é fruto de sua criatividade, e não necessidade.
Enfim, deste momento casulo, em que me fechei, me ausentei e refleti, a Eu Levo Vinho deu espaço para a Portugal com Alma. Neste processo, abri mão de muitas atividades com clientes queridos, mas eu precisava dar foco naquilo que durante uma rígida análise é evidentemente a minha maior paixão: Portugal.
O outro lado da moeda é que a Portugal com Alma já nasceu assim: amada, desejada e querida por quem a conheceu na barriga, ainda como a Eu Levo Vinho.
E como criança muito esperada nasceu espoleta, cheia de novidades, alegrias e com mais paixão ainda pela terra do meu coração. Novos roteiros, festas medievais, aldeias misteriosas, herança celta, roteiros de águas termais. Gente, muita coisa boa. E mais facilidades nos pagamentos!
O vinho não foi esquecido, claro que não. Nem as viagens por outros países. Vem mais posts por aí. No entanto, de hoje em diante, somos Portugal com Alma, porque para ser Portugal tem que ter muita alma e amor no coração.
During a career transition, I got to know the world of wine and immediately fell in love with it. Exactly like all other lovers, my passion saw no limits, only opportunities. It comprised all and everything: national and imported wines, fairs and congresses, trips, lectures, blogs, posts, shops, restaurants, importers, exporters, countries, varieties and different vinification methods. A world without limits to explore.
My infatuation was slowly being curtailed by the reality of a micro-businesswoman in Brazil. The dilemma between what I wanted to do and what I could do. The process was slow because I was always persistent (ahan stubborn) and focused on results (ahan super stubborn). I would stretch out from here, pull from there and think that I could reconcile countless projects, after all, project management was also something that I did well.
But I was used to the corporate world. Almost two decades working on structures that accommodated countless projects, direct and indirect teams, etc. However, it was just me now. And it was obvious that I couldn’t do it all. I did not want to accept it. After all, small entrepreneurs who want to grow to be the big guys always talk about how they worked sooo hard. But, there is a moment you got to say enough is enough.
This moment is terrible. Awful. But necessary. It invites reflection, self-evaluation, and finally that frightening abyss: the necessary change. Because you have the desired change: you refurbish your house, change the decoration, you change your look from romantic to gothic, dye your black hair red, whatever, but it is the result of your creativity, not a necessity.
Finally, after this cocooning period, in which I closed myself and reflected, Eu Levo Vinho gave space to Portugal com Alma.
In this process, I gave up many activities with dear clients, but I needed to focus on what is obviously my greatest passion: Portugal.
The other side of the coin is that Portugal com Alma was born this way: loved, wanted and loved by those who knew her as an embryo, Eu Levo Vinho.
And as a very expected child, Portugal com Alma was born full of energy, full of news, joy and with more passion for the country of my heart. New tours, medieval festivals, mysterious villages, Celtic heritage, thermal water fonts. Guys, lots of good stuff. And a plus: easier payment methods!
The wine was not forgotten, of course not. Neither the trips to other countries. More posts out to come soon. However, from now on, we are Portugal com Alma, because to be Portugal you have to have a lot of soul and love in your heart.